Outros fatores etiológicos são descritos como responsáveis pela formação de comunicações buco-sinusais, como as lesões traumáticas da maxila por objetos pérfuro-cortantes, armas brancas ou projéteis de arma de fogo; lesões patológicas que envolvam o seio maxilar ou a cavidade oral causando por contigüidade uma comunicação buco-sinusal; infecções do seio maxilar ou da cavidade bucal que causem destruição óssea e formação de seqüestro ósseo; além de causas necróticas menos comuns como necrose por radiação ou intoxicações por mercúrio, fósforo, bismuto, entre outros. Isto é, qualquer destruição óssea que leve a uma situação de continuidade entre o seio maxilar e a cavidade oral ocasionam uma comunicação buco-sinusal. As fístulas buco-sinusais podem ser avaliadas e diagnosticadas através de radiografias intra e extrabucais, onde observaremos em alguns casos descontinuidade do assoalho do seio maxilar ou mais comumente o velamento do mesmo devido à associação das fístulas buco-sinusais com sinusites maxilares agudas ou crônicas. Outra finalidade do exame radiográfico é avaliar a presença de corpos estranhos ou dentes que estejam alojados dentro do seio maxilar. Dentre as radiografias que podem ser solicitadas estão radiografias periapicais da região, radiografia panorâmica, radiografias para a análise dos seios maxilares como póstero-anteriores fronto-naso e mento-naso. Comunicações pequenas serão visualizadas de forma mais precisa através de radiografias periapicais da região. As incidências radiográficas extrabucais como as incidências de Waters evidenciaram comunicações maiores e, além disso, poderemos observar o velamento de parte do seio maxilar comparada com o lado oposto.
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Comunicação Bucosinusal |
As fístulas buco-sinusais são complicações freqüentes que podem estar associadas às exodontias. Embora algumas fístulas de pequeno tamanho possam apresentar cicatrização espontânea, as fístulas maiores necessitam de tratamento cirúrgico. Diversas formas de tratamento vêm sendo descritas como retalhos deslizantes de áreas próximas, retalhos rotacionais e enxertos ósseos. A escolha do tipo de cirurgia deve se basear no tamanho da fístula, nas condições locais dos tecidos e experiência do cirurgião. Diversos artigos da literatura relatam sucesso com técnicas cirúrgicas diferentes, porém o retalho rotatório palatino apresenta dentre várias características a densidade tecidual e a adequada vascularização proporcionada pela artéria palatina.