quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O que é Carga Imediata ?

Carga imediata é uma prótese sendo instalada sobre o implante dentário em até 72 horas após a colocação do mesmo. No entanto, não é qualquer sistema de prótese que pode ser instalado nessas condições, nem em qualquer pessoa. Para planejar uma carga imediata o paciente tem de ser avaliado pelo cirurgião e/ou pelo protesista , e também são solicitados exames como a tomografia computadorizada para avaliar a estrutura óssea onde sera colocado o implante(s).


Mas e se não der para colocar a prótese mais rapidamente, isto é, com Carga Imediata, o que fazer?
É possível fazer o tratamento todo em etapas. E você não fica sem os dentes, pois usa durante esse período, uma prótese provisória. 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ARTROSCOPIA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM)

A artroscopia da articulação temporomandibular (ATM) é uma técnica relativamente recente que é utilizada como método de diagnóstico e/ou tratamento das disfunções articulares que envolvem a articulação temporomandibular, é uma técnica de inspeção visual direta das estruturas internas, minimamente invasiva e menos agressiva ela permite um pós operatório melhor com um retorno precoce a função.

A Artroscopia foi defendido recentemente como um procedimento terapêutico nos casos agudos, subagudos e as vezes na limitação crônica dos movimentos da ATM. 

 1) a artroscopia constitui-se em passo à frente no diagnóstico e tratamento prévios da 
     artrotomia;
 2) o procedimento é menos invasivo do que a cirurgia aberta;
 3) permite estudo em detalhes de certas áreas da ATM em melhores condições do que a
     artrotomia; 
 4) permite a inspeção de estruturas articulares num meio mais natural e a artropatia pode
     ser diagnosticada por visão direta, biópsia ou ambos; 
 5) recuperação e cicatrização mais rápida, devido ao menor trauma, comparada com 
     cirurgias tradicionais.





terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Viscossuplementação como tratamento das alterações da ATM


As formas de tratamento consideradas não invasivas para as alterações internas das articulações temporomandibulares (ATM) descritas na literatura são muitas, incluindo aconselhamento, farmacoterapia, fisioterapia e dispositivos interoclusais. No entanto, alguns pacientes tornam-se refratários aos tratamentos conservadores, sendo indicados procedimentos como artrocentese, artroscopia e cirurgias das ATM. A viscossuplementação é uma abordagem pouco invasiva, de baixo custo e com bons resultados em curto e médio prazo, sendo também um procedimento complementar em procedimentos como artrocentese e artroscopias.

Dentre as disfunções temporomandibulares (DTM) articulares, as incoordenações do complexo cabeça da mandíbula e disco articular, decorrem do colapso da função normal do disco sobre a cabeça da mandíbula pela incompetência dos ligamentos colaterais do disco e lâmina retrodiscal inferior. Nesse grupo das DTM articulares encontram-se os deslocamentos de disco com e sem redução. Essas disfunções muitas vezes estão associadas às alterações inflamatórias como sinovite, retrodiscite e capsulite ou alterações degenerativas como osteoartrose e osteoartrite1.
Em geral, o protocolo primário de controle das DTM prioriza as medidas mais simples, reversíveis e menos invasivas. Entretanto, como as disfunções intracapsulares muitas vezes são o resultado de doenças das superfícies articulares, ou seja, de alterações estruturais presentes, o tratamento conservador mostra-se algumas vezes ine caz. Várias formas de tratamento para as dis- funções internas da ATM são sustentadas pela literatu- ra: repouso funcional, anti-inflamatórios não esteroides (AINES), dispositivos interoclusais, exercícios siote- rápicos de suporte, injeções intra-articulares de corticosteroide, artrocentese, artroscopia, cirurgia aberta da ATM, entre outras.
A viscossuplementação com injeção intra-articular de hialuronato de sódio (HS) – o sal de sódio do ácido hialurônico (HA) – foi primeiramente utilizado para tratamento de artrite traumática em cavalos de corrida, passando a ser usada em humanos para osteoartrite das grandes articulações como joelho, quadril e ombro. A partir de 1979, o HS começou a ser indicado nas alterações internas das ATM




As articulações temporomandibulares são diartroses revestidas internamente por uma membrana que produz o líquido sinovial, que preenche o espaço articular superior e inferior. O líquido sinovial é responsável pela nutrição e lubrificação dos tecidos articulares, estando sua quantidade e qualidade diretamente relacionadas à saúde e à função articular.
O HA é um mucopolissacarídeo ácido presente na substância fundamental dos tecidos animais. É formado por muitas unidades alternadas de ácido D-gluco- rônico e N-acetil-glicosamina, constituindo soluções gelatinosas altamente viscosas devido a sua elevada hidro lia. O HA é o maior componente do líquido sinovial, tendo importante função na lubrificação dos tecidos articulares, devido ao seu alto peso molecular. Nas alterações inflamatórias e degenerativas das articulações a concentração e o peso molecular do HA estão diminuídos



A injeção do HS aumenta a concentração e o peso molecular de HA no líquido sinovial, o que estaria relacionado ao alívio da dor. A liberação das zonas de aderências entre o disco articular e a fossa mandibular aumenta a mobilidade articular, permitindo melhor circulação do líquido sinovial. Prostaglandina E2 e leucotrieno B4 foram identificados no líquido sinovial de pacientes com dor articular, sugerindo que esses mediadores estão entre os fatores que geram dor articular. Acredita-se que o efeito analgésico da viscossuplementação possa ocorrer pelo bloqueio de receptores e substâncias álgicas endógenas nos tecidos sinoviais.
Um mecanismo puramente mecânico pela interrupção do trauma causado pelo bloqueio mecânico do disco ou das zonas de aderência também foi sugerido, o que explica os efeitos da terapia a médio e longo prazo, pois enquanto o HA injetado permanece na articulação por apenas alguns dias, os resultados se mantém por meses.
Comparando-se a viscossuplementação por HS com placebo, não se percebe diferenças estatísticas signicativas em curto prazo na melhora de sinais clínicos das DTM. No entanto, há evidências de que o HS tenha efeito em longo prazo na melhora de sinais e sintomas em relação ao placebo.

Não há na literatura uma indicação precisa para a viscossuplementação, porém parece consensual a utilização nos casos de alterações internas sintomáticas das ATM, principalmente nas que ocorre limitação da amplitude de movimentos. 




A viscossuplementação das ATM mostrou ser eficiente no controle da dor articular, melhorando também a função mandibular, logicamente que cada paciente deve ser examinado por um profissional qualificado e um plano de tratamento especifico deve ser elaborado levando em conta os sintomas de cada paciente.

domingo, 10 de setembro de 2017

A importância do suporte psicológico aos pacientes submetidos à Cirurgia Ortognática

Produzir bem-estar é uma atribuição das áreas de saúde e a Psicologia tem um papel específico quando oferece programas que promovam o conhecimento e a aquisição de comportamentos de saúde. O que as pessoas fazem tem óbvias consequências sobre seu bem estar físico e psicológico: o que comem, como cuidam dos dentes, os hábitos (cigarro, bebidas alcoólicas ou drogas), quais medicamentos consomem, de que maneira seguem as instruções profissionais. Comportamentos são, portanto, agentes que produzem níveis de saúde ou doença.
Quando nos referimos à “saúde bucal” estamos falando, de um conjunto de condições, biológicas e psicológicas, que possibilita ao ser humano exercer funções como mastigação, deglutição e fonação e, também, em relação à dimensão estética, exercitar a auto-estima e relacionar-se socialmente sem inibição ou constrangimento. Essas condições devem corresponder à ausência de doença ativa em níveis tais que permitam ao indivíduo exercer as mencionadas funções de modo que lhe pareçam adequadas e lhe permitam sentir-se bem, contribuindo desta forma para sua saúde geral.

Considerando que uma das variáveis psicosociais de maior preocupação de indivíduos que frequentam consultórios de odontologia é o medo do dentista e dos eventos que envolvem o tratamento, devemos observar que o medo é uma sensação natural que os indivíduos apresentam em resposta a situações compreendidas como estressantes ou repulsivas e sobre as quais se sentem impotentes.
A visita ao dentista sempre esteve relacionada ao medo. A associação de medo e Odontologia desenvolve-se ao longo do processo de socialização e das experiências de aprendizagem. Algumas decorrem do contato direto com o tratamento odontológico e outras são aprendidas indiretamente através de  outras pessoas e dos meios de comunicação.
A cirurgia ortognática é um tratamento odontológico da região bucomaxilofacial que consiste na correção cirúrgica dos ossos da mandíbula e maxila, permitindo assim, o alinhamento correto dos dentes e a harmonia facial.Por tratar-se de uma cirurgia odontológica que obrigatoriamente deve ser realizada sob anestesia geral e envolve: internação a nível hospitalar, mudanças de grau leve a acentuado do aspecto facial, repouso quase absoluto com exigência de um acompanhante por no mínimo sete (07) dias, etc., desde o início, já quando o paciente recebe a indicação, muitas vezes fica ansioso e angustiado com a perspectiva do procedimento em um futuro próximo.
O objetivo principal da psicologia aplicada à odontologia é prevenir e facilitar o enfrentamento de pacientes que estejam em situações de tratamento dos transtornos bucais. Este procedimento requer a colaboração mútua e a integração de conhecimentos da psicologia, da odontologia e de outras ciências da saúde, tais como nutrição e enfermagem.
O odontólogo precisa, desde o início do diagnóstico, observar o envolvimento, ou não, de fatores psicológicos, emocionais e sociais neste paciente, porque muitos sintomas físicos têm base emocional. Assim, poderá verificar o quanto este problema está interferindo na qualidade de vida do paciente, para assim poder indicar se há necessidade de encaminhamento, ou não, à área da Psicologia.
A atuação do profissional de odontologia não se restringe apenas à execução de procedimentos técnicos preventivos e curativos, mas inclui também treinamento adequado para lidar com problemas comportamentais do paciente, considerando as características de cada indivíduo e seu aspecto emocional.
Quanto às questões estéticas envolvidas, temos uma identidade pessoal que os outros nos atribuem por nossa aparência física. A pessoa que nos tornamos é uma construção histórica que inclui a auto-representação e a representação que os outros fazem de nós. Portanto, quando o paciente busca recursos odontológicos para a restauração da aparência, está buscando também recuperar sua imagem pessoal e social.
Se levarmos em consideração os padrões estéticos valorizados e aceitos pela nossa sociedade, poderemos ter uma idéia do quanto o paciente estigmatizado se sente rejeitado, inadequado e não aceito.
O psicólogo tem condições de estabelecer planos terapêuticos e avaliações que favoreçam a adesão do paciente aos procedimentos odontológicos e à interação com a equipe, desenvolvendo junto ao mesmo, um adequado autoconceito quanto a sua real imagem corporal.
O profissional de odontologia deve ter claro quando e como encaminhar o caso, pois quanto maior for sua convicção da necessidade do tratamento complementar, mais lógica e convincente será sua explicação ao paciente. Mas também o psicólogo deve estar preparado para atuar nessa área. Ele deverá ter noções básicas de Odontologia para compreender e avaliarconjuntamente aos outros profissionais envolvidos as queixas do paciente. As noções compreendem anatomia, fisiologia do aparelho mastigatório e conhecimento das doenças desta região que têm um comprometimento emocional; sua etiologia (causa), manifestação clínica e evolução.
Desta forma, verifica-se que é de fundamental importância aproximar a psicologia da odontologia, pois a psicologia pode fornecer alternativas eficazes para os impasses surgidos no atendimento odontológico.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Mucosite Oral (MO)

Lesões orais são efeitos colaterais frequentes e debilitantes dos tratamentos de Quimioterapia e Radioterapia que podem afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes . As lesões podem se manifestar de diversas formas, desde pequenas úlceras até condições mais severas como a Mucosite Oral (MO). Essas ulcerações aumentam a necessidade de nutrição parenteral total e o uso de analgésicos mais fortes. Além de expor o paciente a um maior risco de infecções oportunistas, comprometem também a terapia antineoplásica e em alguns casos conduzem à internação hospitalar consequentemente aumentando o sofrimento do paciente .


Laser para tratamento


Mucosite Oral

A Mucosite Oral é caracterizada por desagradáveis e dolorosas úlceras e inflamações na boca. O termo Mucosite Oral foi introduzido no final dos anos 80 para descrever estas lesões inflamatórias da mucosa oral causadas pela terapia antineoplásica, quimioterapia e radioterapia, para que fosse diferenciada da estomatite comum, causada por outras razões patogênicas. A Mucosite Oral é a maior complicação não- hematológica consequente da citotoxicidade da terapia antitumoral e está associada com elevado grau de morbidade. Dor, odinofagia (dor ao engolir), digeusia (distorção de sabores), e a consequente desidratação e desnutrição comprometem a qualidade de vida do paciente. Além disso, as lesões na mucosa representam um grave risco de infecção, especialmente em pacientes que apresentam neutropenia. Qualquer atraso ou interrupção da terapia antineoplásica pode determinar o fracasso terapêutico e resultar no aumento das despesas com saúde.

Incidência e fatores de risco

 A Mucosite Oral afeta pacientes que estão recebendo radioterapia e/ou quimioterapia:

• 85-100% dos pacientes recebendo radioterapia de cabeça e pescoço vão apresentar MO. Destes, 25-45% apresentarão a forma mais severa.

• 75-100% dos pacientes que irão receber transplantes de células tronco. Destes, 25-60% terão a forma mais severa da doença.

 • 5-40% dos pacientes recebendo tratamento para tumores sólidos com quimioterapia mielossupressiva.

 No entanto, a maior incidência de Mucosite Oral não é de grau “severo”, mas impacta muito no conforto do paciente.
Internação pode ser necessária com uso de medicamentos injetáveis.


Fatores de risco

• Idade (menores de 20 e maiores de 65 anos);
• Desnutrição;
• Problemas orais pré-existentes;
• Consumo de álcool e tabaco;
• Hábito de respirar pela boca;
• Uso de drogas que causem xerostomia;
• Tratamentos mielosupressores;
• Associação de quimioterapia e radioterapia.

O risco de desenvolver Mucosite Oral aumenta com a quantidade de ciclos de quimioterapias pelos quais o paciente será submetido. Drogas que agem na síntese de DNA como é o caso da 5-fluoracil e metotrexato demonstram grandes efeitos tóxicos para a mucosa. A severidade da Mucosite Oral e o tempo de duração em pacientes tratados com Radioterapia dependem do tipo de radiação, dosagem cumulativa, intensidade e volume de mucosa irradiada.

Sinais e sintomas.

Os sinais e sintomas iniciais da MO são: Eritema e edema acompanhados da sensação de queimação, bem como acentuada sensibilidade às comidas quentes ou apimentadas. Áreas eritematosas podem evoluir para pontos salientes, descamativos e esbranquiçados, e por último transformam-se em úlceras. Além de ser um local que possibilita infecções, as ulcerações interferem na ingestão de comidas e líquidos, com consequente desnutrição e desidratação que contribuem para deixar ainda mais lento o processo de regeneração.

Possíveis repercussões da Mucosite Oral na qualidade de vida do paciente.

 A Mucosite tem uma repercussão negativa na qualidade de vida do paciente, no gerenciamento dos custos do tratamento e na continuidade da terapia antineoplásica. Os reflexos na qualidade de vida podem perdurar por até seis meses após a terapia estar completa. A MO é considerada como o sintoma mais debilitante pelos pacientes que passaram por transplante ou radioterapia para tratamento de tumores de cabeça e pescoço. Os efeitos adversos associados à quimioterapia e radioterapia além de terem um impacto severo na vida do paciente, podem também afetar seu tratamento. Em pacientes que apresentaram Mucosite Oral moderada a severa (grau 3-4), podemos citar:

• Aproximadamente 1 em 3 pacientes: Terão o tratamento quimioterápico interrompido, ou precisará atrasar o próximo ciclo;

• Aproximadamente 2 em 3 pacientes: Precisarão ter a próxima dose reduzida e terão necessidade de internação hospitalar;

 • Aproximadamente ¾ dos pacientes: Precisarão de alimentação via sonda para manter a adequada nutrição. A Mucosite Oral não causa apenas dor, mas pode afetar também o gerenciamento do tratamento do paciente podendo conduzir o mesmo às seguintes complicações: Aumento do risco de infecções e febre; Hospitalização prolongada; Ajuste na terapia anticâncer; Necessidade de nutrição via sonda; Necessidade de fortes analgésicos (opioides); Perda de peso; Prejuízos na fala.

tratamento com laser


A Mucosite Oral pode também causar um importante impacto nos recursos destinados aos cuidados com a saúde. A extensão do aumento das despesas está correlacionada com a severidade da Mucosite. Um aumento na severidade de um grau (pela escala da Organização Mundial de Saúde) corresponde a um aumento médio de 2,6 dias no hospital, 2,7 dias de alimentação parenteral e 2,6 dias de administração de analgésicos opioides. É fundamental prevenir e tratar a Mucosite Oral pois esta é um importante efeito colateral da terapia antitumoral, limitando dosagens e criando a necessidade de utilizar outros medicamentos, afetando diretamente os resultados do tratamento.

Conclusão: O tratamento preventivo em pacientes do grupo de risco diminui a incidência da mucosite  consideravelmente e o tratamento imediato tanto com medicamentos e laser terapia fazem com que o paciente tenha uma melhora muito mais rápida e consequentemente recobre a saudê.

Mucosite




quinta-feira, 30 de março de 2017

ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL

ODONTECTOMIA PARCIAL INTENCIONAL 

A população jovem de hoje vem apresentando um aumento significativo de problemas referentes à região dos terceiros molares causando dores, edemas, infecções, trismos, ocorridos pela não erupção destes dentes. O fato destes dentes ficarem retidos pode ser ocasionado pela falta de espaço físico, devido ao tamanho do osso da arcada dentária ser menor que o tamanho requerido para acomodar todos os dentes, ou então, pela má posição dos mesmos. 
Esses dentes inclusos que apresentam proximidade com o canal alveolar inferior podem levar a complicação como uma lesão temporária do nervo alveolar inferior. Um fator de risco importante é a proximidade do terceiro molar com o nervo alveolar inferior, outro risco desta complicação depende principalmente da posição do dente impactado em relação ao nervo.







Classificações das lesões nervosas

classificações das lesões nervosas são divididas em três graus:

  •  Neuropraxia,

A Neuropraxia se baseia em uma lesão leve com perda motora ou sensitiva, sem alteração estrutural. Na grande maioria esse tipo de lesão é reversível.
  •  Axonotmese 

Axonotmese é normalmente vista como uma lesão oriunda de um esmagamento, não havendo o rompimento do axônio (não se degenera). Essa lesão pode ser reversível e voltar com o decorrer do tempo, como também pode permanecer com parestesia. 
  • Neurotmese.

Neurotmese é o rompimento por total do nervo, causando o rompimento do axonio. A recuperação espontânea não se tem respostas favoráveis em vista da recuperação da sensibilidade, então, a intervenção cirúrgica ainda é a escolha mais indicada.

Indicação:


  • Dente incluso próximo a estruturas nobres(Canal alveolar inferior)

  •  Risco de fratura de mandíbula.

Contra-indicações

  • Infecções pulpares
  • lesões periapicais
  • Remanescente radicular em movimentação





segunda-feira, 20 de março de 2017

Os dentes sisos



Os dentes sisos devem ser extraídos?

Os terceiros molares (mais conhecidos como dentes do siso ou dentes do juízo) são os últimos dentes a se desenvolver no ser humano. Em sua maior parte cada pessoa tem quatro sisos, um em cada canto da boca. Normalmente desenvolvem-se entre os 16 e os 20 anos.
A palavra siso vem do latim “sensus.us”, que significa juízo, prudência, bom senso.           Tal denominação se deve á faixa etária em que os dentes molares costumam crescer, daí a expressão popularmente utilizada para designar os dentes sisos como “dentes do juízo”.

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Indicação para a extração

  • Prevenção da cárie dental
  • Prevenção da pericoronarite
  • Prevenção da reabsorção radicular
  • Dentes retidos sob próteses dentárias
  • Prevenção de cistos e tumores odontogênicos
  • Facilitação do tratamento ortodôntico

Todas as pessoas têm dentes do siso ?

Nem todas as pessoas têm dentes do siso. Eles são considerados pelos especialistas de dentes em extinção. As novas gerações nascem cada vez mais sem a informação genética deste dente

Como são extraídos os dentes do siso?

A extração se faz de forma rotineira pelo especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-facial. Seu dentista pode recomendar anestesia geral ou local. E demora em média 40 minutos.

Você poderá sentir um pouco de dor ou inchaço, mas que passará naturalmente após alguns dias; no entanto, você deverá ligar para seu dentista se houver dor prolongada ou intensa, inchaço, sangramento ou febre.
A extração dos dentes do siso devido ao apinhamento ou fato de estarem inclusos no osso maxilar não afeta a sua mordida ou a sua saúde bucal no futuro.

Cuidados Pós-operatórios

Depois da cirurgia pode sentir algum desconforto ainda que ligeiro. A face, no sítio da cirurgia pode inchar por isso deve aplicar gelo envolto em um tecido macio. Deverá tomar a medicação, geralmente antibiótico em extrações mais complicadas de siso semi inclusos e inclusos. Afinal trata-se de uma cirurgia. Poderá ter que adaptar a alimentação para o próprio dia ou dia seguinte para alimentos moles e frios.



terça-feira, 14 de março de 2017

Laser x Sensibilidade

Uso de Laserterapia na Sensibilidade Dentinária 

O que é ?

A hipersensibilidade dentinária é definida como uma sensibilidade exagerada da dentina vital exposta a  estímulos  térmicos,  químicos e  táteis.   A  exposição dos  túbulos dentinários  é responsável  por   uma redução do  limiar de dor do paciente, motivo suficiente para que ele procure auxílio profissional. A obtenção de um correto diagnóstico é pré-requisito essencial para a realização de um tratamento adequado. É uma condição de dor que afeta 1 a cada 6 pessoas, com incidência maior em indivíduos na faixa etária dos 30 anos e igualmente dividido entre homens e mulheres.

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DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da hipersensibilidade dentinária é feito através da percepção do paciente, informando o problema ao profissional, com dados realçados pelo questionário específico realizado. Além disso, os dados clínicos visualizados pelo dentista são de suma importância.
A exposição da dentina pode ocorrer pela perda de esmalte e/ou cemento. Embora a exposição de dentina possa ocorrer em qualquer superfície do dente, a experiência clínica indica que ela ocorre mais freqüentemente na área cervical da superfície vestibular de dentes permanentes.

Causas da sensibilidade dentinária

Os fatores mais comuns são:
  • Retração gengival devido à idade ou escovação inadequada;
  • Bebidas ácidas (como refrigerantes) que causam a erosão do esmalte e a exposição da dentina;
  • Bruxismo – que, na verdade, faz com que todos ou a maior parte dos dentes tornem-se sensíveis;
  • Escovação com creme dental muito abrasivo, escovação incorreta e/ou escovação em um número de vezes maior do que três;
  • Gengivite, que pode causar retração gengival;
  • Dente lascado ou fraturado, com exposição da dentina;

TRATAMENTO

Primeiramente, devemos realizar um diagnóstico diferencial, pois existem outras situações clínicas com os mesmos sintomas da hipersensibilidade dentinária: fraturas coronárias, restaurações defeituosas, invaginações do esmalte, trauma oclusal e patologias pulpares. 
Os tratamentos são :
  • Vernizes cavitários
  • Hidróxido de cálcio
  • Flúor
  • Laserterapia
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laserterapia na hipersensibilidade dentinária 

A laserterapia é o mais novo e eficaz tratamento para hipersensibilidade dentinária, atuando  de duas formas:
  1.  Promovendo analgesia imediata, relatada pelo paciente logo após a aplicação; 
  2.  Estimulando a formação de dentina reparativa a médio e longo prazo.
artigo:Use of Laser and Oclusal Splint for Dentin Hypersensitivity of Bruxers, autores:- Takami .H H; Julie .T .M - Thiago .M; Marco .A .M. .R; Reginaldo .S .S .J; Djalma .P .

CONTROLE

É de fundamental importância o controle do paciente com relação à sua dieta e aos seus hábitos de escovação. Deve-se controlar a quantidade de ácidos ingeridos, assim como o intervalo entre a alimentação e a escovação. Qualquer tratamento pode falhar se esses fatores não forem controlados.

Sempre estar em acompanhamento periódico ao especialista para uma nova avaliação.


segunda-feira, 13 de março de 2017

Mucocele

Mucocele: O que é?
A mucocele é uma lesão benigna da cavidade oral envolvendo as glândulas salivares e seus respectivos ductos. A sua incidência é alta, aproximadamente 2,5 lesões por 1000 pacientes, e apresenta-se clinicamente como uma lesão em forma de bolha, bem circunscrita, mole à palpação, com superfície lisa e brilhante, e tamanho variado. Quando localizada superficialmente, tem coloração azulada ou translúcida e, quando mais profunda, tem coloração semelhante à mucosa.  

ÁREAS PREDOMINANTES

Localiza-se predominantemente no lábio inferior, mas pode ser encontrada também no lábio superior, mucosa jugal, palato, região retromolar e ventre de língua. Geralmente em decorrência de pequenos traumas como a mordedura involuntária da mucosa durante a mastigação ou devido ao hábito que algumas pessoas têm de ficar mordiscando o lábio.
O trauma leva ao extravasamento e retenção de conteúdo das glândulas salivares sob a mucosa, dando origem ao cisto.




Manifestações clínicas

O cisto mucoso caracteriza-se por uma elevação arredondada na mucosa labial que pode ter coloração esbranquiçada ou ser translúcida. Geralmente não é acompanhado de sintomas e pode variar de tamanho ao longo do dia.

Sintomas

É o surgimento de uma bolha na mucosa da boca que dá o principal aspecto à condição. Quando de um rompimento de uma glândula salivar ocorre o acúmulo de saliva na região, levando ao surgimento de uma bolha na área acometida. A mucocele é uma condição especialmente frequente nas 3 primeiras décadas da vida acometendo, portanto, mais crianças e jovens do que adultos e idosos. A lesão pode durar dias ou anos para sumir, portanto, não hesite em procurar por ajuda.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito com base nos dados clínicos e obtido por meio da análise da bolha e de outros possíveis sintomas  e na história de trauma relatada pelo paciente. Além disto, é fundamental fazer um exame histopatológico da lesão, de forma a descartar a possibilidade de ser um tumor maligno.
A mucocele acomete especialmente crianças e jovens, sendo que a condição é frequente entre as 3 primeiras décadas de vida. Tal característica auxilia no diagnóstico, assim como a análise da bolha que tem conteúdo cristalino e pode medir desde milímetros a vários centímetros.

 TRATAMENTO

Depois de estabelecido o diagnóstico é preciso que o tratamento mais adequado tenha início. Algumas mucoceles acabam melhorando espontaneamente, sem que haja necessidade de qualquer intervenção ou tratamento.
As formas de tratamento para a mucocele são: a completa excisão com bisturi ou laser, e a micromarsupialização, a criocirurgia ou a injeção de OK-432.



A lesão retirada sempre devem ser encaminhadas para análise histopatológica.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Face To Face


IAOMS.org

Hoje dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, gostaria de Parabenizar todas as mulheres e para isso destaco a reportagem da revista Face To Face (IAOMS.org) onde destaca a mulher na cirurgia bucomaxilofacial e para isso faz entrevistas a cinco colegas, Dra. Maria Eduina da Silveira (SP), Dra. Marisa Aparecida C. Gabrelli (SP), Dra. Gabriela Granja Porto (PE), Dra. Marina Guimarães Fraga (MG) e a Dra. Renata Pittella (ES).
BRAZIL: THREE GENERATIONS OF SURGEONS ³

Same professional area and this approximates us a lot. He was always very enthusiastic about my professional growth and success. His support during my whole professional career development was unconditional. Is it a problem for your partner if you are an OMS? Absolutely no problem. On the contrary, we support each other. How do you see OMS in Brazil in 20 years? In the last four decades, several Brazilian surgeons had the opportunity to train abroad and bring in knowledge from several countries. Many outstanding foreign surgeons came to Brazil to give courses and lectures. With that, OMS in Brazil advanced conceptually and clinically. At the same time, in the last 20 years, the training of Brazilian oral and maxillofacial surgeons acquired a new direction with the formal acceptance of the residence training, which was made official by gonverment regulatory organizations. That, added to the expertise of surgeons who were trained abroad, allowed the specialty to effectively occupy its proper space and to be consolidated in this country. Presently, we have several centers that are highly capable of offering adequate training to young surgeons and quality treatment to patients. On the other hand we still lack technologies and resources which are readily available in developed countries. Another important point I see, especialy in the young surgeon, is that the desire for fast financial gain and visibility leads to sacrifice of the quality of treatment and even to a superindication? (please clarify the use of the word superindication) of surgical procedures. I hope that in the next 20 years standarts of education and training will be widely applied in Brazil, with discontinuing inadequate programs and training modalities which still exist today. Also, I hope that, with good practices and standarts of care, as well as less taxation and adoptio of compliance measures, the use of new technology, techniques and materials, will make OMS a more suitable cost and therefore more widely available in this country. Tell us about the first years of your career In the begining of my professional career, which was in the early 1990’s, I was hired as a teacher for the Araraquara Dental School by the São Paulo State University- UNESP in the division of OMS. At the time, I started to obtain the requirements for an academic career. During the first three years, I worked a lot, teaching undergraduate students with lectures and clinical practice. At the same time, my clinical work in the affiliated hospitals, involving facial traumatology, dentoskeletal deformities, tumors, reconstructions and procedures was developed under the supervision of highly capable surgeons from our surgical team. During that period I had the opportunity of a one year fellowship in a cleft patient hospital. Four years after being hired, I took the MSc program in Periodontology and after that the PhD program in Oral and Maxillofacial Surgery. During that period and afterwards it was possible to participate in many national and international continuing education courses in OMS. Among those, several were eesential to my education and professional developement, such as several courses promoted by AO and IBRA. What is AO? I became an AO faculty in 1996 and this allowed me to get to know many great surgeons in the specialty. It was and still is very enlightening to have the opportunity to learn from them and to exchange individual experiences. Later on I had the opportunity of a fellowship in the USA. I am presently a full professor of OMS, Head of the Department of Diagnosis and Surgery and Director of our Residence Program in OMS, besides other administrative functions at the university. I supervise graduate students of our MSc and PhD programs in Diagnosis and Surgery. My current surgical activities are in the areas of craniofacial trauma, dentoskeletal deformities, tumors, maxillofacial infections, bone reconstruction, implants and temporomandibular joint. Has being a woman affected your profession? – See edits to this question on earlier profiles Being a woman did not affect my professional career. I have been able, through years of dedication, to obtain my professional space. Surgeons with whom I interact, residents and members of our surgical team treat me with a lot of respect, where my professional opinion and conduct are well regarded. As for patients, I never experienced a situation where there was a lack of confidence in my professional skills because I was a woman.



Women in IAOMS


A Conversation with...


 What was your model or your inspiration to become a maxillofacial surgeon?
I never set up a goal.
 Everything in my life led me here. What qualities would you recommend for a successful career in OMFS?
Hard work, persistency, dedication and love.
 Any advice for younger women entering the profession?
Never give up your dreams. If OMS is what you want, define a target and go for it. How do you manage your private life, partner and family? For me this was never an issue, OMS is a wide embracing specialty; it allows you to balance your private and professional life.
 Is it problem for your partner if you are an OMS?
Not at all. He has always been very supportive to me.
 How do you see OMFS in Brazil in 20 years?
I see a developing country sharing information with the world, mostly due to the continuous improvement in scientific and technological knowledge. Tell us about the first years of your career It was hard in the beginning, because the country was different back then and so was OMS.
Has being a woman affected your profession?
I faced training and financial difficulties but I grew up in a family that gave the same opportunities for men and women, so being a woman has never been an issue.


What was your model or your inspiration to become a maxillofacial surgeon?
I always admired the work of health professionals and had a tendency to seek a career in that field. Having graduated from Dental School, my greatest affinity was Oral and Maxillofacial Surgery, which became my professional passion.
 What qualities would you recommend for a successful career in OMS?
Dedication, commitment, continuous learning; a theoretical foundation and clinical knowledge.
 Any advice for younger women entering the profession?
Acquire knowledge and dedicate yourself to your work. Professional space is not obtained without merit and this comes by showing professional competence. Without that, one becomes a disposable and temporary fixture. Treat your patients with respect and honesty, regardless of their social and economic background.
 How do you manage your private life, partner and family?
My private life is dedicated to my family. My son and daughter have learned – since an early age -- that their mother has an extensive working schedule; they are used to spending only part of their time with me. However, the quality of the dedication to them, when we were together, was extremely important for them and they hada positive view of my work during childhood. Now, as adults, I perceive that they are proud of my work and see me as a role model. Relationship with my husband was always very easy.


What was your model or your inspiration to become a maxillofacial surgeon?
It dates back to when I studied abroad, in the USA. My high school had a professional orientation program that allowed me to follow a maxillofacial surgeon for a day. This profession has its role to care for people and that fascinated me. I knew right away what I wanted to do for graduation. It was love at first sight! After that, my professors at a Brazilian University were responsible for keeping the flame lit by profession.
What qualities would you recommend for a successful career in OMFS?
The first thing about doing any profession is passion. When you do something you love, everything tends to get much easier. After that, commitment to studying is mandatory because without knowledge, it is impossible to go further. The third quality is to have the capacity to make quick decisions; a surgeon cannot be indecisive.
 Any advice for younger women entering the profession?
Don´t give up! Even if this profession seems to be mostly for guys, women have their place in the front row. We have about the same strength as men plus a women´s sensibility. We can be surgeons AND wives AND mothers. We are able to fit all in our lives, we just need to adjust our time!
How do you manage your private life, partner and family?
Time is a matter of organization and choice. It is possible to be a surgeon and have a healthy private life. Of course, you cannot fill up all hours of your day with many jobs. Instead, you can work nicely 40 hours per week without sacrificing your personal life.
 Is it a problem for your partner that you are an OMS?
A real partner will want his soul mate to be happy no matter the profession she chooses. Thinking like that, I´m very lucky, I have a real partner. My profession does not bother him because I´m able to share my time so our relationship does not move to a second plan. There is time for each important thing in my life.
 How do you see OMFS in Brazil in 20 years?
Brazil has worked very hard to get the specialty strong. We have a very large number of active surgeons who fight for our profession in their own states. Besides that, The Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery works very hard and has done a great job showing the importance of Oral and Maxillofacial Surveons to both the population and the government. Because of this panorama, I see OMFS each year stronger and more recognized overall.


What was your model or your inspiration to become a maxillofacial surgeon? Unfortunately, in Brazil we are still few woman in oral and maxillofacial surgery. I didn’t know any senior female surgeon during my entire undergrad and residency time. Therefore, I didn’t have a specific role model when I decided to become a surgeon myself. What led me to this path was that I saw surgery as a way to be able to lessen the pain and suffering of others. My inspiration was always the patient. I wanted to help and to care for people. What qualities would you recommend for a successful career in OMFS? In order to be a good surgeon, with no doubt, one has to be responsible, dedicated, resilient and studious. To have a successful career, in my opinion, the surgeon has also to show intuition, empathy and to truly care for what he/she does.
Any advice for younger women entering the profession?
I will give an advice that an wise surgeon gave me when I was entering the profession as well, for which I am very grateful for: Man and Woman are both capable, but they are different indeed. Some of these differences, which could be seen as weaknesses, might be in fact strengths. Sensibility and kindness, for instance, are often sought and very appreciated by the patient.
How do you manage your private life, partner and family? During my OMFS training I had no time for my private life at all. Now I think I can organize my time better, defining priorities and making choices. I am not a mother yet, but I plan to have children. I must be honest that this matter worries me sometimes, since I do not know how I will manage this additional task. But I guess that is an issue for all the full-time working mothers, in every profession.
I think that being an OMS does not make this especially harder. Is it a problem for your partner if you are an OMS? My partner is very enthusiastic and dedicated to his work as well, and me being an OMS is not a problem for him. He understands the importance of my commitment to my patients and admires my work. That makes easier for him to deal with my busy schedule or absence sometimes. 
How do you see OMFS in Brazil in 20 years? It is hard to answer this question because Brazil is undergoing big changes and challenges at the moment, politically and economically. The Brazillian OMFS College and many surgeons are engaged in strengthening the specialty in our country and abroad, and they have been doing a great job. But I am afraid that without a proper healthcare policy that much effort may not really change the current scenario. The vast majority of the Brazilian population does not have access to an oral and maxillofacial surgery service nowadays. Without satisfactory financial resource for the health system, it is not possible to change this situation and allow more people to benefit from our service. Our specialty has a lot to grow yet and what I hope is that, in 20 years, most of the public and private hospitals have a OMFS service and that we can really improve the quality of life of our population at large.


What was your model or your inspiration to become a maxillofacial surgeon?
I chose this area of healthcare with the intention to work to improve the quality of life of the population at large. I wanted to find a way to make a difference, even if only on a small or local scale. I was inspired and attracted to surgery being part of the overall healthcare ecosystem. I have never had any specific role model but always liked the idea of teamwork and the interactions with my team members is one of the reasons I chose this profession. Working shoulder to shoulder with others, as a team, is not always part of a daily routine in other healthcare professions, which may leave people feeling isolated.
What qualities would you recommend for a successful career in OMFS? Without a question -- dedication, personal effort, study and staying on top of the latest developments are qualities essential to being an excellent surgeon. But a successful career as a surgeon also depends on having empathy, mindfulness and caring about your patients. These are qualities I try to invoke in myself and practice on a daily basis.
Any advice for younger women entering the profession?
This one applies to everybody, regardless of gender – stay connected to your human qualities, because above all we are all humans working with other humans. For younger women in my profession, I would say, try to avoid assigning every error or difficulty that happena to the fact that you are female. I sometimes see some women in some situations put themselves in the position of a victim because of their gender or allow themselves to be put in those situations. This is a mistake, because all of us, regardless of gender, find ourselves in situations which can be equally difficult whether you are male or female. How do you manage your private life, partner and family?
Since the beginning of my career, I have established two important things. First are priorities, which must be defined and respected. Secondly – dedicating adequate amount of time separately for realizing each priority. Using these two concepts, we will be able to better organize our daily tasks using parameters of rationality, without missing out on anything important.
Is it a problem for your partner if you are an OMS?
I currently don’t have a partner. This has been a personal choice that has nothing to do with the fact that I am an OMS.
How do you see OMFS in Brazil in 20 years?
For the profession as a whole, it is difficult to make any predictions because we live in a country that is undergoing change all the time. On the other hand, I certainly see the OMFS profession being part of the healthcare policy of our country in the future, in an effort to build a better nation. I do have a hope, however, that with every passing ay, more and more professionals of my área join the ranks who base their professionalism on such qualities as ethics and science. As far as women in my profession are concerned, I have seen their numbers increasing from year to year and believe that this trend will continue in the future. Tell us about the first years of your career I have always wanted to work in surgery rooms as much as teaching and researching. I clearly remember my first years as a time of total focus, dedication, often neglecting my family and hobbies because of the shortage of time, the time when I was looking to create space for these two passions of mine – performing surgery and teaching. Yet along with memories of sacrifice and hard work, I also remember the care and support of my colleagues and professors who have helped to make my journey a little easier. Over time, as I have been able to conquer these two areas, I also have been able to bring balance to my personal and professional lives. 
Has being a woman affected your profession? 
Broadly speaking, I don’t believe that being a woman has affected my profession. The differences can sometimes be seen in small details; perhaps in a more emotional way with some situations, which can be a good thing and sometimes not very much so. I believe there are men and women of all types but what we need the most these days are professionals whofocus on technical and scientific growth within our professional area and focus on improving the quality of life of the general population. ■