sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A Origem da Odontologia no Brasil e no Mundo

A Odontologia tem uma história curiosa no Brasil e no Mundo. Essa prática começou a ser desenvolvida no século XVI, ainda de modo bastante improvisado.

No início, as técnicas de tratamento odontológico estavam baseadas apenas nas extrações dentárias rudimentares. Os instrumentos utilizados eram inadequados e faltava higiene.

As técnicas de extração eram praticadas por barbeiros ou sangradores, homens fortes e ágeis, sem nenhum estudo ou técnica. Os pacientes, quase sempre, corriam riscos de hemorragias e infecções.


No Brasil, em 1631, uma Carta Régia determinou que cirurgiões e barbeiros sem licença fossem multados em dois mil réis por tirar dentes. Os profissionais que tinham as licenças especiais concedidas pelo Cirurgião-Mor Mestre eram os únicos que podiam praticar as técnicas sem qualquer tipo de problema.

Já no mundo, a odontologia foi impulsionada pelo francês Pierre Fauchard, considerado o criador e pai da odontologia moderna. O ensino da Odontologia foi regulamentado primeiro em países da Europa, e mais tarde no Brasil. Aliás, a Europa foi citada como o berço da prática Odontológica.

Em 1728, o médico Pierre Fauchard escreveu o livro "Le Chirurgien Dentiste au Traité des Dents", que marcou o estudo da odontologia e trouxe novas técnicas, conhecimentos e aparelhos para esta área da saúde.

Instrumental cirúrgico Pierre Fauchard


Surgimento do termo Dentista no Brasil

Em 23 de maio de 1800, o Brasil criou um Plano de Exames para a área de odontologia. Este documento foi o primeiro emitido pela Coroa Portuguesa com o termo dentista. Este foi considerado o início da arte dentária como profissão no Brasil. Neste período ainda não existia uma formação ou diploma para a área no país.

Evolução da Odontologia

Os franceses foram os profissionais mais especializados na arte dentária e produziram importantes escritos para a área. Em seguida, os Estados Unidos também começaram a evoluir na odontologia e a substituir muitas técnicas criadas na França. O dentista Clintin Van Tuyl, por exemplo, foi o primeiro a utilizar o clorofórmio para anestesia.

No Brasil, a odontologia foi impulsionada por Thomas Gomes dos Santos Filho, que colaborou na criação de um texto para os Estatutos das Faculdades de Medicina do Império, no qual aparecia pela primeira vez o Curso de Odontologia. Em 1884, o país conquistou a formação na área odontológica.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

SÍNDROME DO FINAL DE ANO: NÃO DEIXE A CORRERIA ACABAR COM VOCÊ!

Quando o ano “dobra a esquina” e começa o 4º Trimestre, a vida entra numa correria tão grande que a gente só se dá conta do tempo quando janeiro está quase terminando. É como se, num piscar de olhos, o tempo acelerasse e nos levasse diretamente para o futuro, já no ano seguinte.
Outubro tem a famosa semana do saco cheio (para quem estuda), que inclui o feriado do Dia das Crianças (ou Nossa Senhora Aparecida). Logo na sequência vem Novembro (na minha opinião, um dos melhores meses do ano dado o número de feriados, isso quando você pode viajar...), que já começa com o Dia de Finados, segue com a Proclamação da República e ainda – para os mais privilegiados – com o Dia da Consciência Negra. Uma sequência de feriados e, com sorte, dias quentes de primavera. Pá! Já estamos em dezembro e isso só pode significar uma coisa: correria de final de ano.
Entra o mês de dezembro e a gente já tem uma lista imensa de coisas pra fazer: decidir sobre as férias (quem sai, quem fica, quem dá plantão, quem cobre as férias de quem), decidir sobre as festas (passar a noite de natal com quem, o almoço com outro quem, a virada do ano com mais outro quem), entrar ou não entrar em incontáveis amigos secretos, sonhar em como gastar ou investir o 13º salário (quem tem), revisar as contas e diminuir (ou quitar) as dívidas, embarcar ou não em uma viagem (já que os preços vão às alturas), fazer a lista de presentes (os que a gente quer e os que a gente vai dar para os outros), agendar aquela cirurgia do paciente que te enrola o ano inteiro ai aparece querendo fazer no dia 23/12....rs!, marcar jantares, encontrar os amigos, reservar um espaço na agenda para a festa da clinica, mandar e-mails (ou cartões),… A lista vai longe (e inclui aquela promessa de vida saudável, equilíbrio trabalho versus lazer, exercícios e dieta...emagrecer).
O mais difícil é quando a gente se dá conta de que o ano acabou e não fizemos nem metade do que planejamos.
Quando o ano termina, penso em tudo o que aconteceu, faço uma revisão mental do que foi bom ou ruim, listo o que mudaria e o que quero para os próximos anos. Isso me ajuda a entender o quanto consegui atingir os meus sonhos e metas daquele ano e a traçar um novo horizonte para o novo que irá iniciar.
Encontrei meus amigos o tanto quanto gostaria? Se a resposta for não, depois de refletir e tentar entender os motivos, já sei que no próximo ano vou ter que me dedicar mais a esta parte para não me decepcionar novamente.
Eu juntei o dinheiro que prometi? Consegui fazer aquela viagem com a qual eu tanto sonhava? 
Tento fazer esse exercício pensando em todos os aspectos da vida que são importantes. 
Que tal começar a sua revisão agora, e aproveitar os feriados que virão pela frente para adiantar algumas coisas que te sobrecarregam no final do ano e ainda traçar as metas para o próximo?

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Indicação de exodontia de pré-molares para ortodontia


Meu ortodontista pediu para extrair um dente, isso se torna um drama frequente nos tratamento ortodônticos.

Já há bastante tempo lança-se mão de exodontias em Ortodontia, seja em casos de elementos dentários supranumerários, de terceiros molares para os quais não há espaço para irrupção ou correção de linha mediana. Entretanto, o motivo pelo o qual mais se utilizam extrações dentárias no tratamento ortodôntico é o alinhamento; nos casos de apinhamento moderado a severo, a fim de se evitar o efeito colateral da protrusão dentária e para a correção de má oclusão de classe II. Tais extrações podem ser de dois ou de quatro dentes, sempre em busca da manutenção ou melhora do perfil.


A extração dos primeiros pré-molares são as que mais resultam em alterações no perfil, por isso deve ser muito bem planejadas para cada caso. O alinhamento e nivelamento e também as mêcanicas de fechamento de espaço após exodontias, sofrem interferência do atrito durante a movimentação. Sendo assim, o ortodontista deve sempre procurar eliminar os fatores que interferem na movimentação, e aproveitar os artifícios existentes.  Os casos de indicações de exodontia tornaram-se bastante criteriosos, baseados em fatores como padrão facial, características do sorriso, crescimento vertical, entre outros e há necessidade de uma maior análise em casos limítrofes.

Pode ser indicada exodontias para corrigir linha média.
dente pré molar em vermelho marcado para exodontia.

Pré molar extraido.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

ANÁLISE CEFALOMÉTRICA NO DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO DA SAOS

O perfil radiográfico cefalométrico é um exame habitualmente utilizado no diagnóstico, visualização e controlo de tratamento das dismorfias craniofaciais. Obtida em condições especiais, esta imagem tem a particularidade de se poder observar nela simultaneamente estruturas com radiolucências distintas. Ao ser captada em condições standard, e existirem parametrizadas as medidas norma para as diferentes estruturas craniofaciais, esta imagem presta-se à análise e comparação sempre com referência aos desvios da norma. Trata-se ainda de um meio de diagnóstico de fácil acesso, barato, manuseado com baixas doses de radiação e de fiabilidade comprovada.
Pela análise cefalométrica desse Rx e mediante o uso de medidas angulares, lineares ou cálculo de áreas, podem obter-se medidas da base do crânio, posição relativa de ambos os maxilares, do osso hioide e de todas as estruturas cranio-cervico-faciais, incluindo a inclinação da charneira occipito-vertebral. Também os tecidos moles que delimitam o espaço aéreo da faringe podem ser visualizados e medidos bem como as dimensões da língua, espessura e comprimento do palato mole e úvula e respectivas vias áreas.

Alterações anatómicas às normas angulares ou lineares dessas estruturas que concorram para o estreitamento das vias aéreas superiores (VAS) podem predispor o paciente à síndrome da apneia obstrutiva do sono. Algumas dessas alterações têm sido através deste meio de diagnóstico, sistematicamente investigadas, no sentido de ser encontrada a sua ligação à gravidade da doença. Assim alguns autores utilizando a análise cefalométrica, puderam encontrar diferenças significativas entre a área da faringe em pacientes com SAOS e uma população controle . Enquanto nos primeiros a área encontrada era de aproximadamente 3,7 cm2, nos indivíduos sem evidência desta patologia era de 5.3 cm2. Diferenças significativas foram também encontradas no comprimento do palato mole, que em apneicos media em média 48 mm, enquanto em indivíduos controlo se ficava pelos 35 mm.

Entre outras alterações sabe-se que o acentuado aumento do comprimento e do volume do palato mole, contribui decisivamente, para a redução do calibre da naso e orofaringe, o seu efeito volumétrico promove um maior contacto entre este e a língua, e quando associado ao decúbito concorrem para obstrução a esse níveil 5 . Também numerosos estudos têm comprovado a influência das alterações esqueléticas craniofaciais nas dimensões das VAS. Condicionado pela projeção sagital dos maxilares, o lúmen da faringe é seguramente, o principal segmento respiratório que nos pacientes SAOS interessa investigar.

A duas dimensões, utilizando este exame, pode medir-se o espaço aéreo posterior, ou seja, as distâncias entre a parede posterior da faringe, a base da língua ou a vertente posterior do palato mole a diversos níveis. Tal como em anatomia, nessa região podem ser considerados três segmentos: o espaço aéreo superior (situado entre a parede posterior da nasa-faringe e o contorno posterior do palato mole, ao nível do plano palatino); o médio (situado entre a parede posterior da oro-faringe e o limite posterior da úvula); e o inferior (entre a parede posterior da hipo-faringe e a base da língua, ao nível do plano mandibular). Estudos têm comprovado uma evidente redução desses espaços aéreos em alguns pacientes com SAOS.

Paciente prognata de mandíbula, notar espaço aéreo normal.
Paciente retrógnata de mandíbula , notar redução do espaço aéreo.

A potência da hipofaringe é altamente condicionada, na sua parede anterior, pela musculatura ancorada no osso hioide. Por isso, determinar a posição desta estrutura anatómica é de fundamental importância na procura de estreitamentos. Assim constatou-se que, enquanto em indivíduos saudáveis o perfil do corpo deste osso se encontra situado ao nível das vértebras cervicais C3-C4, nos pacientes com SAOS encontra-se frequentemente deslocado caudalmente. Podendo resumir-se, na análise cefalometrica de um paciente com SAOS encontram-se frequentemente as seguintes alterações: um maxilar superior pequeno, bem como uma mandíbula pequena, sobretudo ao nível do seu corpo, estando estes frequentemente retro-posicionados. Uma altura facial anterior aumentada e habitualmente discrepante em relação à posterior, levando a que o plano occlusa e o plano mandibular se encontrem demasiado inclinados, condicionando caracteristicamente faces divergentes.


A análise cefalométrica é um meio complementar de diagnóstico que, apesar de algumas limitações, reúne amplos benefícios no estudo dos pacientes com SAOS, sendo por isso, um exame imprescindível no estudo completo desta doença. 

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Tratamento de fístula buco-sinusal

A comunicação buco-sinusal e a fístula buco-sinusal compreende uma complicação em extrações dentárias. Os acidentes operatórios são as causas mais comuns de comunicações buco-sinusais, ocorrendo após extrações de dentes ou restos radiculares, curetagem dos alvéolos após extração, remoção cirúrgica de dentes inclusos, fraturas de tábuas ósseas vestibulares ou durante enucleação de cistos ou tumores em íntima relação ao seio maxilar. Isso ocorre devido à localização e à íntima relação das raízes dos dentes superiores posteriores com o assoalho do seio maxilar, dessa forma deve-se ter uma grande atenção e cuidado durante as exodontias destes elementos dentais. Os dentes superiores posteriores apresentam íntima relação com o seio maxilar, obedecendo a seguinte ordem: primeiro molar, segundo molar, segundo pré-molar, terceiro molar, primeiro pré-molar e, às vezes, canino. O apoio incorreto dos instrumentais cirúrgicos, como a alavanca, pode levar ao deslocamento do elemento dental durante a exodontia, causando não só uma comunicação buco-sinusal, mas também a entrada do dente para o interior do seio maxilar.


Outros fatores etiológicos são descritos como responsáveis pela formação de comunicações buco-sinusais, como as lesões traumáticas da maxila por objetos pérfuro-cortantes, armas brancas ou projéteis de arma de fogo; lesões patológicas que envolvam o seio maxilar ou a cavidade oral causando por contigüidade uma comunicação buco-sinusal; infecções do seio maxilar ou da cavidade bucal que causem destruição óssea e formação de seqüestro ósseo; além de causas necróticas menos comuns como necrose por radiação ou intoxicações por mercúrio, fósforo, bismuto, entre outros. Isto é, qualquer destruição óssea que leve a uma situação de continuidade entre o seio maxilar e a cavidade oral ocasionam uma comunicação buco-sinusal. As fístulas buco-sinusais podem ser avaliadas e diagnosticadas através de radiografias intra e extrabucais, onde observaremos em alguns casos descontinuidade do assoalho do seio maxilar ou mais comumente o velamento do mesmo devido à associação das fístulas buco-sinusais com sinusites maxilares agudas ou crônicas. Outra finalidade do exame radiográfico é avaliar a presença de corpos estranhos ou dentes que estejam alojados dentro do seio maxilar. Dentre as radiografias que podem ser solicitadas estão radiografias periapicais da região, radiografia panorâmica, radiografias para a análise dos seios maxilares como póstero-anteriores fronto-naso e mento-naso. Comunicações pequenas serão visualizadas de forma mais precisa através de radiografias periapicais da região. As incidências radiográficas extrabucais como as incidências de Waters evidenciaram comunicações maiores e, além disso, poderemos observar o velamento de parte do seio maxilar comparada com o lado oposto.

Comunicação Bucosinusal
Esse velamento acontece devido ao acúmulo de sangue, restos de osso, restos de alimentos que passaram através da comunicação para o interior do seio maxilar. Para uma análise criteriosa, pode-se tornar necessária a realização de tomografias computadorizadas para avaliar adequadamente a região sinusal. Apenas o fechamento da fístula buco-sinusal não é indicativo de sucesso, independentemente do retalho realizado, pois é sabido que as condições do seio maxilar serão fundamentais, pois este na maioria das vezes apresenta-se com infecções agudas ou crônicas e com drenagem de secreção purulenta. São prescritas irrigações diárias do seio maxilar com soro fisiológico 0,9% associado à água oxigenada 10 volumes ou água destilada, instilação nasal e inalação, melhorando dessa forma a drenagem do seio e a condição clínica do mesmo. O emprego de antibióticos específicos será importante para o tratamento devendo ser mantido até a infecção ser debelada. Após esses procedimentos quando o seio maxilar apresentar-se clinicamente sadio, sem secreção purulenta será possível o fechamento plástico. Vários tipos de retalho podem ser usados, desde retalhos rotatórios palatinos e vestibulares deslizantes até retalho de gordura bucal e de língua.


As fístulas buco-sinusais são complicações freqüentes que podem estar associadas às exodontias. Embora algumas fístulas de pequeno tamanho possam apresentar cicatrização espontânea, as fístulas maiores necessitam de tratamento cirúrgico. Diversas formas de tratamento vêm sendo descritas como retalhos deslizantes de áreas próximas, retalhos rotacionais e enxertos ósseos. A escolha do tipo de cirurgia deve se basear no tamanho da fístula, nas condições locais dos tecidos e experiência do cirurgião. Diversos artigos da literatura relatam sucesso com técnicas cirúrgicas diferentes, porém o retalho rotatório palatino apresenta dentre várias características a densidade tecidual e a adequada vascularização proporcionada pela artéria palatina.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Osteonecrose associada ao uso de bisfosfonatos

Os bisfosfonatos (BFs) têm sido indicados para o tratamento de doenças do metabolismo ósseo. Atualmente, seu emprego terapêutico aumentou e, com ele, os efeitos adversos, dos quais um dos mais importantes é a indução da osteonecrose dos maxilares, uma complicação de difíceis tratamento e solução. Até o presente, não se sabe ao certo qual é o mecanismo de desenvolvimento da osteonecrose dos maxilares induzida por bisfosfonatos (ONMB), nem qual deve ser o tratamento estabelecido perante essa manifestação. Apesar de a literatura apresentar formas variadas de tratamento, não existe um protocolo definido, tudo vai depender da avaliação de cada caso e do paciente como um todo. Sugerimos uma avaliação com especialista em cirurgia bucomaxilofacial para orientar e tratar o paciente, e avaliar a melhor hora de realizar uma extração ou implante.


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cirurgia Ortognática x Bullying


          O Bullying na Sociedade Moderna x Deformidade Facial

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e/ou entre vizinhos. 
Atualmente este problema se agravou devido as mídias sociais, o que provoca mais exposição das pessoas, e também ao fato da facilidade de fotografar ou filmar e compartilhar imagens ou videos, isto torna as pessoas que são fora do padrão mais vulneráveis. Os indivíduos classificados com prognatas de mandíbula sofrem muito, tanto no aspecto funcional, pois tem dificuldades em comer por exemplo, mas também a ter apelidos descritivos do problema (tipo queixada), isso traz, principalmente nas mulheres , um constrangimento social muito grande , podendo até levar a algumas situações tipo ostracismo social.

No Brasil, uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. Ainda de acordo com o Instituto, um a cada cinco pessoas praticam esse tipo de comportamento.
Há uma tendência das escolas em não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos, ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
O bullying é considerado uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde.

A prática comportamental caminha em direção oposta ao preceito constitucional do Artigo 227 da Constituição Federal do Brasil. Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar.
O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino e trabalho.


quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial

A articulação temporomandibular (ATM) funciona como uma dobradiça que liga o maxilar ao crânio. Esta disfunção pode causar dor e desconforto.
Dores no maxilar, dificuldade de mastigar e estalos ou travamentos das articulações da mandíbula são alguns dos sintomas.
Os tratamentos comuns incluem medicamentos, protetores de mordida e fisioterapia.

Geralmente diagnosticável pela própria pessoa
Dores no maxilar, dificuldade de mastigar e estalos ou travamentos das articulações da mandíbula são alguns dos sintomas. Há uma necessidade de uma consulta com um cirurgião dentista para fechar o diagnóstico e instituir o tratamento.
As pessoas podem ter:
Dores locais: rosto, boca, maxilar, nos ouvidos ou pescoço
Tipos de dor: crônica
Nas articulações: crepitações, sensibilidade ou trismo
Na boca: dificuldade de mastigação ou dor de dente
Também é comum: bloqueio articular, dor de cabeça ou espasmos musculares.

O tratamento é feito por meio de cuidados individuais e do uso de dispositivos
Os tratamentos comuns incluem medicamentos, placa miorrelaxante e fisioterapia.
Como você pode se cuidar:
 Exercício físico: Fazer uma atividade aeróbica por 20-30 minutos, cinco dias por semana, melhora a condição cardiovascular. Em caso de lesão, praticar uma atividade que evite usar o grupo muscular ou articulação lesionados pode ajudar a manter a disposição física durante a recuperação. 
Gerenciamento de estresse: Buscar uma atividade agradável ou verbalizar uma frustração para reduzir o estresse e melhorar a saúde mental. 
Técnicas de relaxamento: Respiração profunda, meditação, ioga, exercícios aeróbicos e outras atividades que reduzem os sintomas de estresse. 

Tratamentos Biofeedback: Controle do batimento cardíaco corporal, das ondas cerebrais, da respiração e da pressão arterial por meio de monitoramento com sensores. 
Alongamento: Exercícios de alongamento podem melhorar a flexibilidade e a condição física.
 Fisioterapia: Restaura a força e a função muscular por meio de exercícios. Dispositivos Tala: Um acessório rígido usado para estabilizar e proteger uma articulação lesionada.
Placa miorrelaxante:  O uso de placas oclusais estabilizadoras ou miorrelaxantes, popularmente conhecida como placa para bruxismo, é, até agora, a forma mais eficiente para o tratamento do distúrbio, seja ele o bruxismo diurno ou noturno.

Prostodontia: Substitutos artificiais para os dentes e outras partes da boca. Por exemplo, pontes e dentaduras.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Impressoras 3D na odontologia

Poucos segmentos da impressão 3D tiveram um avanço tão grande nos últimos dois anos quanto o da odontologia. Neste período, os equipamentos evoluíram de forma significativa, novos materiais altamente específicos tornaram-se disponíveis para o público e a tecnologia saiu das mãos de empresas gigantes para startups de médio porte que oferecem soluções de alto valor e capacidade.


Materiais de impressão 3D: o salto da aplicação de tecnologia
  • Enceramentos
  • Alinhadores invisíveis 
  • Guias cirúrgicos – resinas de alta dureza e esterelizáveis conseguem produzir guias de uso que são seguras aos pacientes,
  • Placas de mordida 
  • Guias de colagem indireta de brackets 
  • Base de próteses móveis
  • Provisórios 
Utilização fácil e software dedicado dispensa de calibragens e ajustes manuais (nivelamento, aperto de parafusos, upgrades manuais e, principalmente de ajustes de resinas não feitos pelo próprio fabricante); o software especificamente feito para a impressora 3D pelo fabricante é otimizado para o hardware e as resinas.


Com o surgimento de dezenas de fabricantes de resinas para impressão 3D, materiais específicos de odontologia foram desenvolvidos, dentre eles, tem um que apresenta resinas biocompatíveis. Nestas resinas, é possível desenvolver uma gama de aplicações, tornando a impressora 3D mais útil em diversos segmentos da odontologia, além dos tradicionais.
Estamos em um momento tecnológico onde as aplicações estão bem estabelecidas e os equipamentos atingiram patamares de excelência. 

Apesar do surgimento de equipamentos de baixo custo, que apresentam uma porta de entrada para algumas aplicações, especialmente quando consideramos que é certo que as tecnologias e os materiais continuarão a evoluir até o ponto de substituir completamente os sistemas tradicionais. 

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Planejamento virtual em Cirurgia Ortognática

Os avanços tecnológicos no campo das imagens, especialmente nos últimos 10 anos, têm permitido a adoção de protocolos de imagens tridimensionais (3D) na área da cirurgia bucomaxilofacial. Além disso, acessibilidade e a facilidade do uso dessa tecnologia permitiram a sua ampla utilização no diagnóstico e no plano de tratamento. A fusão de imagens associada à tomografia computadorizada (TC), tomografia computadorizada cone beam (TCCB) e digitalização da imagem favorecem a geração de documentação 3D do paciente. Esse paciente virtual é criado a partir de uma reconstrução anatômica, que pode ser estudada para desenvolver e simular diferentes tipos de tratamento. A aplicação virtual dessas tecnologias inovadoras em procedimentos cirúrgicos, que envolvem a movimentação óssea maxilo-mandibular, tem por objetivo a escolha de um plano de tratamento mais favorável às proporções faciais juntamente com a correção oclusal, a fim de se obter um resultado funcional e estético de sucesso/satisfatório. Previamente a essa nova abordagem 3D, utilizava-se, e ainda se utiliza, o método convencional, que consiste em um articulador semiajustável devidamente montado e análises cefalométricas executadas através de radiografias homônimas para realização do plano de tratamento. Visto que os modelos de gesso e as radiografias são mais difíceis de manipulação, particularmente nos casos que envolvem assimetria facial, o planejamento virtual é um diferencial.
Vista de uma planejamento de ortoganática  combinada
.
Simulação virtual de uma mandibula


Vista bilateral da osteotomia de mandibula

Hoje, ainda, é necessária a realização da impressão da oclusão dentária. Porém, em breve, será possível e estará disponível comercialmente o scanner intraoral capaz de capturar a imagem oclusal com rapidez e precisão em todos os consultórios odontológicos. É apenas questão de tempo para obtenção completa de todos os passos, que envolvem a Cirurgia Ortognática digitalmente no próprio consultório, pois isto já é realidade nas clinicas de radiologia.
Vista pré e pós de uma ortognática
Mensuração do espaço aéreo na tomografia

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ceratocisto odontogênico.

Estes cistos podem ser encontrados em qualquer idade, são normalmente assintomáticas, mas podem estar relacionadas com edema e dor, raramente há expansão óssea, mesmo nas lesões de grandes extensões. O Ceratocisto possui predileção pela região posterior do corpo e ramo da mandíbula, essas lesões tendem a crescer seguindo uma direção ântero-posterior. A presença de multiplos ceratocistos ou lesões em pacientes menores que 20 anos de idade, deve-se fazer um exame clínico minucioso para descartar a hipóteses de Síndrome de Gorlin-Goltz (ou Síndrome do carcinoma nevoide basocelular) que é caracterizada pela presença de multiplos carcinomas de células basais e ceratocistos, além de de outras características como calcificação da foice do cérebro, espinha bífida, hipertelorismo, etc.

Radiograficamente a lesão é caracterizada por uma imagem radiolúcida, com margens regulares e limites bem definidos. Podem se apresentar nas formas multilocular e unilocular, sendo a forma unilocular vista na grande maioria da vezes. Essas lesões podem mimetizar cistos dentígeroscistos periodontais lateraisameloblastoma e outras lesões. A reabsorção radicular de dentes próximos a lesão é raro.

Lesão no ramo da mandíbula lado esquerdo. 
Imagem radiográfica após a remoção da lesão.

Na presença de inflamação, todas as características comuns ao ceratocisto são perdidas, nesse caso, observamos a presença de cristas epiteliais, perda da ceratinização e há a presença de infiltrado inflamatório crônico.

A enucleação da lesão seguida de curetagem é o tratamento de escolha para a lesão. Os pacientes devem ser acompanhados durante um longo período de tempo pois essa lesão pode apresentar altas taxas de recidiva. A descompressão com posterior enucleação para cistos maiores pode se uma boa alternativa. 

A avaliação pelo especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial é fundamental, assim como uma boa biópsia e histopatológico. O planejamento de cada caso tem suas particularidades e todas as alternativas devem ser discutidas com o paciente.


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Cirurgia de redução labial, o que é ?

Procedimentos cirúrgicos que aumentam o tamanho dos lábios já são conhecidos. A moda de lábios grandes e sedutores continua, mas, agora, cresce também o desejo por reduzir o tamanho da boca. Existem varios tipos de sorrisos e de formato de lábios, a indicação da cirurgia deve ser realizada por profissional habilitado.





Em países asiáticos a redução labial já está fortemente difundida.  Logo, não demora muito para essa tendência chegar ao Brasil.

A cirurgia de redução labial é simples, exige apenas anestesia local e o procedimento é realizado no próprio consultório. A técnica cirúrgica consiste na ressecção de uma faixa de mucosa na face interna dos lábios inferior ou superior. Em seguida os lábios são suturados com pontos, formando o novo contorno labial. O processo de cicatrização demora de 15  a 20 dias e o resultado final aprece com aproximadamente 2 meses, sendo que logo de imediato já se percebe as mudanças.