quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Síndrome de Eagle - Como diagnosticar e tratar



A apófise estilóide é uma projeção óssea alongada, cilíndrica e pontiaguda que se origina ântero-medialmente ao processo mastóideo. O seu comprimento varia de 2 a 3 cm, servindo como ponto de origem (inserção) para os músculos estilohióide, estiloglosso e estilofaríngeo. O nervo facial emerge posteriormente, a partir do forame estilomastóideo, e passa lateralmente através da glândula parótida. Medialmente à apófise estilóide encontramos a veia jugular interna, os nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e a artéria carótida interna. Medialmente à ponta da apófise temos o músculo constritor superior da faringe e a fáscia faríngo-basilar, adjacente à fossa amigdaliana. Lateralmente encontramos a artéria carótida externa. O ligamento estilo-hióide se estende da apófise estilóide ao corno menor do osso hióide. Essas estruturas são derivadas do mesênquima do segundo arco branquial ou cartilagem de Reichert. 
A Síndrome de Eagle foi descrita em 1937, como a presença de dor contínua na faringe, quando presentes, um conjunto de sinais e sintomas associados à presença da apófise estilóide alongada, visualizada através de exames por imagem, podem caracterizar-se como Síndrome de Eagle  . Embora a incidência do alongamento do processo estilóide seja razoavelmente comum, somente um pequeno percentual destes pacientes exibem os sintomatologia devido a esta alteração. Esses sintomas podem variar de Otalgia, odinofagia, dores de garganta recorrente, trismo, cefaléia, sensação de corpo estranho, disfagia, zumbido, dor facial ou até mesmo limitação dos movimentos cervicais, se tornando um incomodo ao paciente. O tratamento cirúrgico para pacientes que apresentam a apófise estilóide alongada com sintomas compatíveis com a Síndrome de Eagle é a melhor forma de conduzir estes casos, sendo a via de abordagem externa a que oferece mais segurança e que possibilita uma ressecção mais completa.


Sinais e sintomas:

-  Cefaléia;

-  Disfagia;

-  Dor facial;

-  Limitações dos movimentos cervicais;

-  Sensação de corpo estranho

Vista anatômica do processo estilóide.
Tomografia  do processo estilóide - lado direito
Tomografia  do processo estilóide - lado esquerdo


Texto :  Dr. JoãoFernando Veiga Pires
Cirurgião - Dentista /  CRO-RJ 40143
Aluno do Curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
da Marinha do Brasil ( Rio de Janeiro )
Colaborador do site: www.bucomaxilofacial.com.br